O presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, deputado Carlos Amorim (PDT), e o também parlamentar Eduardo Braide (PMN), repercutiram a visita que os membros da comissão realizaram na última quarta-feira (11) ao local das obras de reforma do aeroporto Hugo da Cunha Machado. Os dois manifestaram preocupação na demora para que os serviços sejam concluídos e lamentaram um iminente novo atraso.
O pronunciamento de ambos aconteceu durante a sessão ordinária desta quinta-feira (12). Primeiro a falar, Braide recebeu informações de que até o momento, mesmo após dois adiamentos consecutivos da entrega, nem a metade das obras foi concluída.
“Em relação à parte principal, a recuperação da estrutura metálica, perguntei diretamente ao representante nacional da Infraero e ele afirmou que essa obra foi executada entre 45% a 48%, do que prevê o cronograma. Só depois desta etapa é que as instalações elétrica, hidrossanitária e outras obras serão implementadas”, disse Braide, que também informou que ao menos em relação aos documentos legalmente exigidos, tudo está concluído.
O deputado também constatou que houve um aumento no efetivo de funcionários que trabalham na execução da obra e que a empreiteira contratada mantém a data de 27 de maio para que todas as atividades sejam finalizadas.
No entanto, Eduardo Braide fez um apelo ao presidente da Comissão de Obra, para que a Assembleia acompanhe periodicamente estas etapas, exatamente para garantir que um novo prazo não seja dado.
Eduardo Braide também argumentou que, em virtude desta demora e mesmo com as cobranças feitas pela Casa e demais órgãos e poderes constituídos, a cidade sofre um prejuízo irreparável: “É inadmissível que São Luís esteja próxima de seus 400 anos e ter um aeroporto no estado em que se encontra. Realmente este não é o cartão de visita que esperam os maranhenses que voltam à sua terra, àqueles que saem e aos turistas que vem procurar no Maranhão a verdade das atrações naturais de tudo aquilo que São Luís do Maranhão possa trazer”.
O quadro 'desenhado' por Eduardo Braide também deixou Carlos Amorim preocupado. Entre vários motivos que contribuem para o atraso nas obras, ele destacou a falta de organização da empreiteira escolhida pra trabalhar no local.
“Lamentavelmente nós pudemos constatar que o cronograma traçado para entrega não será, como não foi inicialmente, rigorosamente cumprindo em razão, e aqui lamentavelmente temos que dizer, da incapacidade da empresa contratada de fazer as obras de ampliação do aeroporto”, afirmou.
Mesmo com tantos problemas, o presidente da Comissão de Obras garantiu que a Casa tem cumprido suas responsabilidades. “Esta foi a terceira visita que esta Casa fez ao aeroporto, demonstrando aí uma preocupação de todos os deputados com a morosidade dessas obras. Vamos aguardar, pois há um novo prazo fixado. Particularmente, acho que não será suficiente para a conclusão, mas a empresa garante que vai dobrar a quantidade de pessoas que estão trabalhando para atender a esse cronograma”.
No dia 24 de março completou-se um ano que Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado teve seu terminal de passageiros interditado totalmente para reformas emergenciais, depois que uma parte do telhado ter cedido. Em abril, começaram os serviços de recuperação do terminal, porém, a obra, que inicialmente estava prevista para terminar em agosto do mesmo ano, já foi adiada pela terceira vez e agora está prevista para ser entregue em 27 de maio.
O valor estipulado das obras já passou de R$ 10,4 milhões para R$ 12,7 milhões, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
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