Derrotados, PDT e PPS apoiam Serra em São Paulo
Derrotados
na disputa pela Prefeitura de São Paulo, os candidatos do PDT, Paulo
Pereira da Silva, o Paulinho da Força, e do PPS, Soninha Francine,
fecharam apoio à candidatura de José Serra no segundo turno. O PTB,
partido de Luiz Flávio Borges D'urso, vice de Celso Russomanno (PRB),
também decidiu fechar com o tucano.
As
negociações com os petebistas avançaram após conversas com o governador
Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab e o próprio Serra.
Dirigentes do partido pretendem oficializar na manhã de hoje o apoio a
Serra.
Na
segunda-feira, Alckmin recebeu o presidente estadual do PTB, Campos
Machado, no Palácio dos Bandeirantes. Serra também esteve com Campos
Machado e conversou com Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB), vice na chapa
de Russomanno, pelo telefone, ainda no domingo, após o resultado das
urnas.
Para
fechar com o PDT, o candidato tucano se reuniu com Paulinho na
madrugada de ontem, no apartamento do prefeito Gilberto Kassab (PSD). O
acordo será oficializado amanhã.
A data do anúncio do apoio do PPS, selado ontem também, ainda não foi definida.
Ao
confirmar sua decisão, Paulinho da Força criticou a presidente Dilma
Rousseff e o PT. "Dilma não atendeu as nossas reivindicações. Achamos
que é melhor dividir o poder. O PT com poder demais é perigoso",
afirmou.
O
PDT participa do governo federal, mas Paulinho, dirigente da sigla,
vive às turras com o Planalto. Há 15 dias, o ministro do Trabalho,
Brizola Neto (PDT), fez um apelo a Paulinho em favor de Haddad. Ontem
Brizola Neto fez novo apelo, mas o candidato do PDT optou por Serra.
Apesar de os partidos confirmarem o acordo, Serra evitou comentar e disse que ainda não era "oficial".
"A
aliança fundamental não é só com partidos, mas com todas as pessoas da
cidade de São Paulo. Mas, evidentemente, o apoio de partidos é
importante", afirmou.
O
apoio, no entanto, não impedirá dissidências no PDT e no PTB. A Força
Sindical, central controlada por Paulinho, poderá ficar com o petista
Fernando Haddad, rival de Serra no segundo turno.
PT E A FORÇA
O
PT fechou um acordo com o secretário-geral da central, João Carlos
Gonçalves, o Juruna, ainda no primeiro turno. Segundo ele e o próprio
Paulinho, os filiados da central serão liberados a optar por Serra ou
Haddad.
O
acerto de Juruna com o PT irritou Paulinho, que responsabiliza os
petistas pelo mau desempenho na eleição --ele teve 0,63% dos votos.
Ao
falar sobre o acordo de Juruna com o PT, comparou o secretário-geral da
Força a Judas. "Se Jesus teve que suportar isso, também terei", disse
Paulinho. Juruna não quis comentar.
A bancada recém-eleita do PTB também está dividida no segundo turno.
Nos bastidores, ao menos um dos quatro vereadores eleitos pela sigla este ano admite apoiar o petista.
Por CATIA SEABRA
DANIELA LIMADE SÃO PAULO
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